Existe uma série de fatores que fazem com que não exista atualmente no mundo uma vacina disponível contra o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). Dentre estes, pode-se destacar a falta de imunidade inata ao HIV, a variabilidade e a diversidade dos vírus que infectam um indivíduo, e a dificuldade em estabelecer modelos animais confiáveis que reflitam a eficácia das vacinas em seres humanos.
Diferentes estratégias já foram testadas, como a utilização de epítopos do HIV (regiões dos vírus que se ligam as células e aos anticorpos). Em etapas posteriores de testes, observou-se que uma parte dos pacientes eram capazes de produzir anticorpos contra esses epítopos, três anos após a imunização. Diferentes anticorpos visando à capacidade de neutralizarem o vírus, bloqueando a ligação aos receptores celulares, foram estudados. Anticorpos não neutralizantes e vacinas de DNA também já foram testadas contra o HIV.
Alguns estudos visam à obtenção de vacina contra HIV utilizando outros vírus com replicação defeituosa, mas que são capazes de produzir proteínas do HIV nas células infectadas. Atualmente encontram-se testes na fase 3, como por exemplo, o HPX3002/HVTN 706, que avaliará se um regime de vacina experimental desenvolvido para induzir respostas imunes contra diferentes genótipos de HIV pode prevenir com segurança e eficácia a infecção pelo HIV entre populações globais mais vulneráveis ao contato com o vírus.

Prof. Diego Pandeló José
Doutor em Genética
UFTM