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Neurociência e Envelhecimento Humano


A velhice é considerada a idade da reflexão, da sabedoria proporcionada pela experiência ao longo dos anos. No entanto, pode ser também considerada a etapa da decadência cognitiva (memória, cognição), doenças neurodegenerativas, perdas, e de outras doenças. O aumento da expectativa de vida prolonga a fase da terceira idade, ora considerada por alguns como velhice ou melhor idade. Para todas essas expressões, o termo significa “velhice”, que por idade inicia-se aos 60 anos.


Todos os órgãos do corpo humano possuem o seu envelhecimento biológico. De todos os órgãos do corpo humano o único que não pode ser transplantado é o cérebro. O cérebro tem um papel importante para manter as atividades cognitivas, aprendizagem e memória, mesmo com o envelhecimento. A ciência que estuda o encéfalo humano é chamada de neurociência, com suas várias áreas de estudo e pesquisa. Todos sabem que o cérebro é um dos órgãos mais complexos do corpo humano.


As principais doenças que são as malvadas no processo de envelhecimento humano denominam-se de doenças neurodegenerativas, que são doenças que interrompem as conexões neuronais. Entre as principais doenças do envelhecimento humano estão o Alzheimer e o Parkinson. O Alzheimer causa alterações na memória, perda de habilidades espaciais e visuais, dificuldade na fala, entre outros sintomas. O Parkinson é caracterizado com tremores nas extremidades dos membros superiores, movimentos lentos, rigidez muscular e dificuldade de fala, como também distúrbios de sono.


A neurociência busca compreender o processo de envelhecimento e a cura para as doenças neurodegenerativas e outras. Muitas das doenças que atingem o encéfalo não apresentam cura. No entanto, os cientistas buscam uma melhor compreensão destas doenças para alívio e melhora da qualidade de vida dos pacientes. Algumas pesquisas na área de neurociência têm demonstrado que o hábito de ocupar a mente, fora do trabalho com atividades estimulantes para o cérebro como: tocar instrumentos musicais, fazer caça palavras, montar quebra-cabeças, jogar cartas, dançar, contribuem para um envelhecimento de um cérebro ativo.


As práticas de atividades físicas e intelectuais ajudam a retardar o processo de envelhecimento cerebral, retardam a evolução de doenças, mas não descartam sua possível manifestação. Finalmente, é preciso registrar que embora o campo de pesquisas em neurociência tenha ganhado grande desenvolvimento com eletroestimulação profunda, chips neuronais e a engenharia médica, é preciso registrar que precisamos cuidar do nosso cérebro, pois a neurociência ainda não conseguiu descobrir todos os enigmas dessa nossa “caixa preta”.


Prof.ª Drª. Karina do Valle Marques, FAMED - UFU

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