
O procedimento de redesignação sexual de homem p/ mulher passou a ser oferecido pelo SUS em 2008, sendo realizado em uma escala muito menor que a demanda. Desta forma, com o apoio do Ambulatório Amélio Marques do HC-UFU, percebemos a necessidade da elaboração de um molde vaginal, com o objetivo principal de atender pacientes transgêneros. Além do grande período na fila de espera (10 a 12 anos), as pacientes, muitas vezes, precisam passar por retoques cirúrgicos devido a problemas como: abandono do molde por desconforto; fístulas causadas por moldes rígidos e improvisados; e problemas com o enxerto de pele que recobre a cavidade neovaginal.
O molde é usado durante e após a cirurgia com a função de manter as dimensões da neovagina, e auxiliar na epitelização e cicatrização. Na maioria das vezes, esse molde é constituído de forma improvisada e com materiais inadequados, por exemplo: preservativos preenchidos por espuma e tubos de laboratório de plástico, usados como a base do molde; recobertos por enxertos de pele, que causam cicatrizes desagradáveis, dor intensa na região doadora, exigência de outro procedimento cirúrgico para retirada do mesmo, e também, outras complicações como rejeição e infecção.
O objetivo do projeto é a elaboração de um molde feito de material biocompatível com efeitos cicatrizantes, substituindo assim, o uso de enxertos de pele. Com isso, buscamos diminuir a recorrência das cirurgias de retoque, além de simplificar todo o procedimento.
Jéssica Silveira Ávila – Graduanda em Engenharia Biomédica – UFU
Luanne Cardoso Mendes – Mestranda em Engenharia Biomédica – UFU