
Há um “consenso” de que boa parte das atividades humanas têm degradado o meio ambiente e possibilitado a (re)introdução e/ou a permanência de determinados vetores e suas doenças. Isso se deve a um conjunto de fatores: circulação “natural” de animais como, por exemplo, aves migratórias; circulação “forçada” de animais, em função dos desmatamentos, queimadas, garimpos, ocupação desordenada de áreas urbanas/rurais; e a precariedade das condições sanitárias. Neste contexto, destacam- se alguns vetores e suas respectivas doenças: Aedes (aegypti e albopictus) e Culex (Dengue, Febre Chikungunya, Zika, Mayaro, Rocio); Haemagogus e Sabethes (Febre Amarela Silvestre).
Atualmente, a pandemia da Covid-19 parece nos ter feito esquecer as “tradicionais” epidemias, mas será que elas deixaram de existir? Apesar de toda informação disseminada pela mídia, como as pessoas conseguiram interpretar essas informações? Será que a população continua eliminando efetivamente os criadouros de vetores em seus domicílios?
Diante desse cenário e uma vez que o processo ambiente-saúde-doença é multicausal, a mobilização social baseada na Educação em Saúde deveria se concretizar. Para isso, o Ministério da Saúde institui a Política Nacional de Educação Popular em Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (PNEPS-SUS), a partir dos eixos estratégicos: Participação, controle social e gestão participativa; formação, comunicação e produção de conhecimento; cuidado em saúde; intersetorialidade e diálogos multiculturais.

Prof. Dr. João Carlos
de Oliveira
IG-UFU