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Microbiota e longevidade



A microbiota intestinal pode ter relação com o envelhecimento devido ao seu impacto no metabolismo e na imunologia. Estudos conduzidos em populações centenárias demonstraram que a microbiota intestinal em idosos consistia, principalmente, de bactérias pertencentes às famílias Ruminococcaceae, Lachnospiraceae e Bacteroidaceae.


Hábitos alimentares saudáveis e a ingestão de probióticos e aminoácidos de cadeia ramificada (BCAAs) podem possivelmente promover um envelhecimento saudável. Em estudos com camundongos, a suplementação com BCAAs aumentou a abundância de Akkermansia e Bifidobacterium bacteri, mas reduziu a proporção de microrganismos da família Enterobacteriaceae.


Também, em laboratório, pesquisadores infectaram Caenorhabditis elegans (nematódeo utilizado como modelo experimental) com bactérias (Escherichia coli) geneticamente modificadas e essas foram capazes de colonizar o intestino dos animais e formar a microbiota. Após análises, demonstrou-se que a secreção de ácido colânico pelas bactérias prolongou significativamente a vida útil dos modelos em mais de 10 % através da regulação da dinâmica mitocondrial.


Mais estudos são necessários para relacionar a microbiota com a longevidade. Entretanto, sabe-se que o envelhecimento é determinado por interações complexas entre fatores genéticos e ambientais, e o papel dos microrganismos neste processo é fundamental.






Dra. Paola A. Campos

Microbiologista

UFU

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