
No ano de 2020 houve o recorde no número de incêndios registrados no Pantanal (4,1M de hectares). As queimadas liberam uma mistura de poluentes tóxicos e material particulado que, quando inalado, penetra no pulmão, entra na corrente sanguínea e permanece no corpo humano por meses, desencadeando um processo inflamatório sistêmico com efeitos danosos sobre o coração, pulmão e demais órgãos. A longo prazo, essa exposição provoca doenças crônicas e morte prematura. No âmbito hospitalar, isso se reflete principalmente no aumento das internações por doenças cardiopulmonares e neoplásicas. Portanto, essa realidade sobrecarrega o sistema de saúde já tão necessitado de leitos, UTIs, profissionais especializados e equipamentos complexos. Dessa forma, a degradação do meio ambiente causa desgastes a curto e longo prazo para o sistema hospitalar.

Douglas Alves da Costa Canella
Graduando em Medicina
FCS – UFGD