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Dependência de Tecnologia



“Só mais uma olhadinha e depois termino esta tarefa”. É provável que você tenha utilizado essa frase recentemente. O uso de smartphones e computadores e o acesso às redes sociais é uma constante em nosso cotidiano e é difícil nos imaginar sem eles. Do ponto de vista comportamental, destaca-se que o prazer eliciado pelo discurso sobre si mesmo (intensificado nas redes sociais) e pela rapidez com que se obtém uma resposta (uma “curtida” ou a visualização de sua mensagem), estão dentre os fatores que explicam a manutenção dos comportamentos associados à tecnologia.


A utilização exagerada dos recursos tecnológicos está associada à procrastinação de atividades acadêmicas e laborais, dificuldade para dormir, isolamento social e comportamento de risco devido à falta de atenção (dirigir e digitar uma mensagem ao mesmo tempo, por exemplo). Embora seja um tema de interesse crescente para os profissionais de saúde mental, ainda há poucos estudos sobre dependência tecnológica.

Apesar disso, pode-se afirmar que o comportamento abusivo e dependente de tecnologia é caracterizado pela incapacidade de tolerar situações de indisponibilidade tecnológica, resultando principalmente em respostas emocionais disfuncionais (ansiedade, tristeza, agressividade). Nos próximos anos, espera-se que os mecanismos cerebrais e comportamentais subjacentes à dependência tecnológica sejam descritos e explicados, auxiliando assim, no desenvolvimento de estratégias eficazes p a r a s e u tratamento e sua prevenção.


Prof. Dr. Leonardo Gomes Bernardino, Instituto de Psicologia – UFU

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