
Não há dúvidas de que o esporte paralímpico contribui para a inclusão de pessoas com deficiência, mas quando assistimos a um evento como as Paralimpíadas nos perguntamos: diante de graus de deficiência tão distintos, como agrupar os atletas de forma a dar igualdade à competição? Através da Classificação Paralímpica! Primeiramente é necessário saber se o atleta é elegível para a modalidade que ele está se inscrevendo. Para que isso ocorra são utilizados critérios mínimos de comprometimento que estão descritos no livro de regras e regulamentos utilizados para cada modalidade paralímpica. As deficiências que são consideradas para eleger um atleta frequentemente são divididas em visual, intelectual e física, como potência muscular e amplitude do movimento prejudicadas, deficiência de membros, diferença de comprimento das pernas, hipertonia, ataxia, atetose e baixa estatura. A partir da confirmação de um ou mais critérios que tornam o atleta elegível para a modalidade em questão, este é agrupado em uma das classes esportivas. Essas classes têm como objetivo dar paridade à competição, alocando os atletas de forma que suas limitações funcionais e esportivas sejam semelhantes, mesmo que suas deficiências não sejam necessariamente iguais. Por conta da natureza progressiva de algumas deficiências e seus diferentes impactos nas atividades físicas, alguns atletas passam por esse processo de classificação diversas vezes ao longo de suas carreiras, podendo mudar de categoria após uma reclassificação.

Dra. Bárbara Gama da Silva
FAEFI
UFU
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